O Instagram começou a bloquear vídeos que utilizam músicas nos Reels, nos Stories e até no Feed.
Criadores reclamam que os avisos começaram a surgir nos últimos dias e afetam até conteúdos mais antigos. O motivo da revolta é porque os sons usados são disponibilizados pela própria plataforma, portanto não haveria razão para banir por uso da ferramenta.
O aviso chega por e-mail e como um pop-up assim que o usuário acessa seu perfil. A mensagem diz que o vídeo foi bloqueado por violação de direitos autorais, menciona qual música violou a regra e oferece como alternativa o envio de um pedido de contestação.
O problema, segundo os relatos, é que esta apelação não dá em nada — muitos reclamam que os moderadores sequer dão uma resposta. Para enviar o pedido de reconsideração, o usuário precisará compartilhar provas que comprovem o direito de usar a canção, como documentos e outros materiais.
Inserir músicas em Stories e Reels é um dos recursos mais populares do Instagram, porque permite criar conteúdos com base nelas e tornar as coisas mais interativas. Este é um recurso antigo aprimorado ao longo do tempo para dar mais possibilidades aos criadores, como o chamado Lip Sync Live, que permite fazer a dublagem de uma canção ao vivo, e o recurso de exibição de letras na tela.
Para evitar problemas com direitos autorais, o próprio Instagram disponibiliza um conjunto musical com sons licenciados para utilização na plataforma. Isso significa que eles podem ser usados para os diversos formatos sem que o criador seja penalizado — ou, pelo menos, era assim que tudo funcionava.
Músicas do próprio Instagram
Nas redes sociais, várias pessoas reclamam da atitude da rede de começar a excluir vídeos sem comunicar eventuais mudança nas diretrizes da comunidade. "Nós usamos as músicas que eles disponibilizam nos stickers, então não faz sentido bloquear os vídeos. Como explico para meus clientes que o conteúdo foi bloqueado? Fica parecendo que o erro foi nosso", questiona a criadora de conteúdo Carla Almeida.
No começo de maio, o Instagram também se envolveu em outra polêmica que prejudicou usuários. O app passou a exigir o preenchimento da data de aniversário do dono do perfil, sob pena de excluir perfis de menores de 12 anos, proibidos de ingressar na plataforma. Muitos empresários pensaram se tratar da data de fundação da pessoa jurídica e acabaram colocando informações extraídas do contrato social, o que deixou milhares de contas profissionais ameaçadas de exclusão.
Fonte: CanalTech
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