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7 coisas que não podem faltar no novo Orkut

O Orkut pode voltar em breve e a internet ainda está tentando absorver essa informação maravilhosa

São tantas informações, tantas memórias e tantos recursos bacanas que só quem conheceu a web entre 2004 e 2010 vai entender.


A verdade é que muitas coisas criadas por lá foram levadas para outras plataformas, mas algumas outras se perderam com o fim dela. Quais os recursos do Orkut você mais sente falta nas redes sociais de hoje? Tem algum que gostaria de levar para essa versão nova?


7. Avaliação dos amigos

Todo mundo tem aquele amigo super legal, um colega muito divertido, um crush sexy. Essas e outras pessoas poderiam ser avaliadas na plataforma pelos seus amigos. O sistema considerava quatro categorias:


Fã: para indicar alguém que você admirasse;

Confiável: para aquela pessoa que jamais repassa uma fofoca ou está presente nos momentos mais difíceis;

Legal: o cubo de gelo era um trocadilho com a palavra cool (que significa gelado ou legal, dependendo do contexto), usado para quem era amigável com você;

Sexy: o nome é sugestivo e já diz qual é o propósito: indicar aquelas pessoas mais atraentes.

A função incentivava uma certa competitividade no Orkut, o que não é tão bacana nos dias de hoje, mas a essência do recurso é bem legal se for repensada. Poderia ser usada como um resultado de um jogo de perguntas e respostas, como uma ferramenta para aproximar pessoas ou ajudá-las a interagir.


Ou também poderia retornar como uma espécie de caderno de anotações individuais para que cada pessoa possa classificar seus amigos. Os dados seriam privativos, mas ajudariam a guiar o algoritmo de conteúdo da rede, por exemplo.


6. Buddy Poke

Os fofíssimos avatares digitais surgiram já na fase final do Orkut, mas fizeram um imenso sucesso. Em uma época em que não existiam aplicativos simples para criação de personagens, a extensão Buddy Poke permitia que cada pessoa moldasse uma versão tridimensional (ao melhor estilo Funko) para se representar digitalmente.


Você escolhia o tipo de corte de cabelo e a cor, o formato dos olhos e da boca, os acessórios, as roupas e até o fundo de tela. A parte mais bacana é que era possível ter interação entre os personagens: dançar, cumprimentar ou brincar com seus amigos. Dava para configurar também o seu humor do dia, o que era refletido na cara de bravo ou triste do seu bonequinho.


Em tempos de metaverso, nem é preciso dizer como os avatares devem voltar com tudo nos próximos anos, não é? O Orkut poderia se antecipar e já trazer sua própria ferramenta de criação de pessoas, animais e objetos para interagir em um futuro mundo virtual.


5. Visualizações de perfil e quem te visitou

Esse talvez seja um item polêmico porque envolve a privacidade das pessoas, mas o Orkut exibia no passado as estatísticas de quantas pessoas visitaram seu perfil e ainda dedurava quem fez isso. É um sistema que existe até hoje no LinkedIn, por exemplo, porém que faz falta nas demais redes sociais.


Sim, as plataformas têm muitos números disponibilizados como "insights", mas isso pode ser bastante confuso para o usuário mais leigo. Voltar com essa possibilidade poderia ter benefícios descobrir quem anda "stalkeando" seu perfil e ainda evitar que as pessoas tomem conta da vida alheia — afinal, o outro vai saber que você esteve por lá.


Além dos dados, o Orkut ainda exibia a chamada "Sorte do Dia", uma espécie de biscoito chinês que traziam fases motivacionais. Embora as mensagens se repetissem, era algo bacana de observar todos diariamente. Com a tecnologia atual, isso poderia ser substituído por uma IA que entende seu humor e oferece conteúdos para melhorar seu dia.


4. Suporte a games online

Quem teve Orkut certamente conhece o game Colheita Feliz. O game de administração de fazenda exigia dedicação diária e precisava dos amigos para evoluir. Você precisava coletar moedas que eram usadas para ser reinvestidas em melhorias (ou outros tipos de plantações).


É claro que o formato de antigamente não faria sucesso hoje, tanto que o Facebook tentou replicar isso lá no começo sem sucesso. Mas no mundo moderno com smartphones e internet 5G para todo lado, o Orkut poderia investir em vários jogos online multiplayer para entreter as pessoas.


Títulos como Among Us ou similares tem uma pegada social muito bacana para serem usados em redes sociais. Dava para introduzir também alguns recursos presentes em ferramentas como o Discord para ter melhor integração. Isso sem contar, é claro, os polêmicos games com NFT e criptomoedas, ideais para rodar em navegadores e integrados a perfis sociais.


3. Comunidades

É obvio que o traço mais marcante do Orkut não poderia ficar de fora. As comunidades estão em alta no Twitter e no WhatsApp, onde foram lançadas recentemente, embora já existissem no Facebook como grupos há uma década.


Desde que surgiram, em 2014, elas foram mais usadas para expressar sentimentos ou gostos pessoais, o que ajudava o outro a conhecer sem precisar conversar — até porque não havia ferramenta de chat. Hoje elas até poderiam manter a pegada do bom humor, mas precisariam ir além para cair no gosto dos jovens de hoje.


As comunidades do novo Orkut não devem ter um formato estático como o naquela época, mas poderiam aprimorar o conceito com coisas inéditas, como salas de bate-papo por áudio ou vídeo, transmissões ao vivo e ferramentas nativas de integração entre as pessoas.


2. Scraps e depoimentos

Em uma época em que chat em tempo real era luxo, a forma de comunicação no arcaico Orkut era o envio de scraps (mensagens de texto públicas) e depoimentos (relatos que ficavam na página inicial do usuário). Quando você não queria que outras pessoas viessem sua mensagem, era comum enviar como "depô" com um aviso bem grande de "NÃO ACEITAR" — o que nem sempre adiantava, porque vira e mexe alguém aceitava, por engano.


O Facebook tem um recurso para deixar mensagens no perfil de um usuário, na tentativa de emular essa funcionalidade, mas a ideia nunca pegou. Isso pode ter ocorrido porque o layout da rede não favorecia a entrada em perfis alheios, portanto não faria muito sentido deixar um lindo depoimento de amizade ou amor se ninguém vai ler.


Esse formato poderia retornar mais moderno, com o devido destaque nos perfis para incentivar as pessoas a deixar comentários sobre as outras. Era muito bom receber palavras carinhosas que quem gostava de você e isso poderia retornar facilmente em uma nova versão da rede social.


1. Suporte a todas as plataformas

O Orkut original era acessado apenas pelo navegador e isso era compreensível, já que não existia Wi-Fi e os dados móveis de celulares eram precários demais para carregar fotos, scraps e todo o layout da página. Mas estamos em 2022 e hoje qualquer celular moderno, por mais modesto que seja, tem acesso à internet rápida.


É importante que o Orkut chegue simultaneamente para todas as plataformas: desde a versão web até os celulares/tablets com Android e iOS. A Hello, tentativa anterior de Orkut Büyükkökten, só tinha versão para Android e isso limitou muito o acesso das pessoas. O Clubhouse, popular pelos chats de áudio, foi pelo caminho inverso só chegou no iOS — o app para Android levou quase 1 ano e meio para ser lançado e ainda chegou com menos recursos.


Ah, e nada de exigir convite para entrar na rede, tá bom? Essa foi uma técnica eficaz naquela época, mas deu muito errada com o Clubhouse, porque muita gente não conseguiu a "entrada" e desistiu de conhecer o serviço.


O hype está em alta e provavelmente vai atrair muita gente logo no lançamento do novo Orkut. Para bombar, então, é importante que os desenvolvedores trabalhem muito bem antes para deixar a experiência polida, agradável e funcional para todos.



Fonte: Canaltech

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