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4 características que uma marca deve ter para atrair o público da geração Z

Especialistas destacam que é necessário estar atento às exigências da GenZ visto que posicionamento tende a se reverberar também nas outras gerações

É unanimidade entre as marcas que é preciso direcionar esforços para atrair e fidelizar a geração Z. Trata-se de um público que já representa 32,7% da população mundial, figurando como parte relevante entre os economicamente ativos. Tendo como principal característica serem os primeiros nativos digitais, a GenZ tem ditado e conduzido, com maestria, os rumos de consumo em todo o mundo.


Se aproximar da geração Z vai além do básico de que é preciso conhecer o seu público-alvo. “Além de já se posicionarem como tomadores de decisão, os consumidores mais jovens têm adotado uma postura de vigilância quanto ao posicionamento das marcas. Eles não só acompanham as ações das empresas, como criticam e cobram melhorias”, diz Filipe Ratz, CEO e diretor executivo da Pira.


Desta forma, mesmo que uma determinada empresa não tenha a GenZ como seu principal público, ainda assim é necessário estar atento às exigências, visto que, de forma gradativa, tal posicionamento tende a se reverberar também nas outras gerações.


Como forma de corroborar o cenário que vem se desenhando, Kim Nery, CCO e diretor de Criação da Pira, relembra o resultado do estudo global ‘Edelman Trust Barometer 2022: A Nova Dinâmica da Influência’, o qual destacou que 67% dos jovens no Brasil praticam ativismo ao escolherem marcas de produtos ou serviços. Já no mundo, este índice chega a 73%. “Levar em consideração o que pensa a geração Z é hoje uma importante decisão para o futuro do negócio, seja ele voltado ou não para este público”, destaca.


Os executivos separaram quatro características que uma marca deve ter para atrair a GenZ:


– Fomentar interações em ecossistemas digitais proprietários


Para além das redes sociais, promover a interação de consumidores dentro da própria plataforma é algo que boa parte das empresas tem buscado fazer nos últimos anos. Neste quesito, SHEIN e Shopee se destacam quanto à evolução do trabalho de criação e crescimento de comunidades digitais proprietárias.


De acordo com Nery, ao visitar os apps e sites dessas empresas é possível constatar o impressionante número de interações entre os consumidores. “Ao investir no seu próprio ecossistema, a empresa proporcionará aos seus clientes um espaço eficiente de forma que estes não sentirão a necessidade de migrar para outra rede para tirar dúvidas ou fazer review de um produtos comprados, por exemplo”, diz.


– Ditar tendências e gerar engajamento orgânico


Uma das principais características do consumo de produtos digitais é a possibilidade de este impactar fortemente outros segmentos de forma orgânica. Neste caso, é possível destacar como referência a Netflix. Com frequência, os conteúdos da gigante dos streamings impulsionam, sem querer (ou quase), outros produtos e serviços. É o caso da música “Running Up That Hill”, de Kate Bush, que, após 37 anos de seu lançamento, voltou às paradas de sucesso, graças a série Stranger Things.


“Esse é apenas um dos exemplos mais recentes. Há também casos de projetos que foram salvos do total fracasso após serem impulsionados por um conteúdo da Netflix”, destaca Kim ao relembrar do jogo Cyberpunk 2077. Após anos de desenvolvimento e milhões de dólares gastos, o game foi lançado mas não atendeu às expectativas. Mesmo após atualizações, o jogo não conseguiu recuperar o interesse do público, até que a Netflix desenvolveu uma série junto com os criadores do game que trouxe de volta o hype perdido. “O sucesso foi tão grande que transcendeu a mídia do streaming e fez com que o Cyberpunk 2077 voltasse a ser o jogo mais baixado da Loja Steam”.


– Promover experiências geradoras de conteúdo


Como mencionado anteriormente, as empresas não-nativas digitais também precisam buscar a atenção das gerações mais jovens, mesmo aquelas que têm o negócio fora do âmbito digital. Foi o que entendeu o Starbucks, tradicional cadeia de cafeterias. No último Halloween, a empresa buscou celebrar a data com duas bebidas especiais de edição limitada.


Filipe Ratz destaca que tinha-se então um produto curioso, bastante diferente do comercializado e o melhor: totalmente instagramável. “Aqui percebemos que mesmo quando o produto ou serviço não é naturalmente do ambiente digital é possível promover ações que visem atrair o público e fazer com que este transporte a iniciativa para redes sociais”, diz ao apontar que todo cliente é um potencial criador de conteúdo.


– Proporcionar entretenimento interativo eletrônico


No top 20 de marcas favoritas da geração Z, pelo menos 6 delas nasceram e prosperaram devido ao universo gamer. Trata-se de um mercado que só no Brasil deve duplicar até 2026, de acordo com projeções da PwC. Logo, investir em ações voltadas para este segmento é relevante não só para atrair comunidades, como também para fidelizá-las, destaca Ratz.


“São players gigantes, tradicionais e dos mais variados segmentos que têm percebido que voltar o olhar para a comunidade gamer deve preparar o negócio para o futuro. Podemos citar aqui a grife Balenciaga, que desenvolveu design exclusivo para os jogadores no Fortnite, e outros exemplos como Jeep, Vans e Coca-Cola, que recorreram a jogos como Roblox, GTA e Fortnite para estabelecer relacionamento e fomentar comunidades com seus consumidores”, finaliza.


Fonte: Mundo do Marketing

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